Ainda que Santa Maria não tenha nenhum caso confirmado do novo coronavírus - há, até agora, três suspeitos, com outro paciente que procurou o Hospital de Caridade nesta terça-, as autoridades públicas avaliam elevar a régua de cuidados para o município. A prefeitura, na segunda-feira, emitiu um decreto com regras para minimizar, ao máximo, eventuais casos do Covid-19. A partir desta terça, as aulas da rede municipal estão suspensas, uma medida para preservar os mais de 20 mil alunos de 78 escolas. Medida idêntica que, quinta, passa a valer também para a rede estadual.
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Além disso, nesta terça-feira, o Centro Administrativo da prefeitura suspendeu todos os atendimentos presenciais. Os servidores seguirão despachando internamente para assegurar atendimento à população (por telefone e online). E ainda o Restaurante Popular deverá ter uma ampliação no horário (das 11h às 14h) para que, assim, a procura pelo espaço possa ser diluída. Assim, o público será organizado em grupos de 50 pessoas por vez.
Nesta terça, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), anunciou que irá restringir o funcionamento de estabelecimentos na Capital. Entre eles, constam, academias, bares, restaurantes e teatros. Ficando de fora supermercados e farmácias. Observando a situação de Porto Alegre é que o promotor do Ministério Público Estadual (MPE) de Santa Maria, Fernando Chequim Barros, entende que Santa Maria precisa tornar medidas mais severas as providências quanto a um possível avanço do coronavírus:
- Estamos vendo, seja em Porto Alegre ou em outras capitais do país, um conjunto de medidas que evitam ao máximo a circulação de pessoas. Deve prevalecer esse entendimento. O momento é de total vigilância e cuidado. Por isso, entendo que caberia à prefeitura de Santa maria, por meio deste decreto, restringir e, até mesmo, suspender o funcionamento de estabelecimentos como academias, bares, cinemas, shopping, clubes, casas noturnas, pois com o cancelamento de aulas em escolas e universidades, muitas pessoas poderão procurar espaços públicos, os quais devem ser fechados ou ter seu funcionamento reduzido. Sabe-se que isso trará prejuízos financeiros, mas os prejuízos virão, e maiores, se o contágio for grande.
POSSIBILIDADES
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) adianta que "absolutamente tudo está sendo cogitado" e que não se descarta a possibilidade de uma atualização do decreto executivo que torne ainda mais rígidas as medidas:
- Amanhã (quarta-feira), vamos estar reunidos com a CDL, Sindilojas e Ahturr para avaliar todos os cenários. E não se descarta que tenhamos, sim, de restringir ou, até mesmo, suspender o funcionamento de determinados espaços. Se necessário, vamos aumentar o grau de exigência.